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Marcado por protestos, Festival de Brasília consagra ‘A Cidade Onde Envelheço’

Como previsto, os discursos politizados foram a principal marca da noite de premiação da 49° edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, realizado na noite da última terça-feira (27).

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As equipes de todos os filmes se posicionaram contra o governo federal em seus discursos. A coprodução mineira e portuguesa «A Cidade Onde Envelheço» levou o Candango de melhor filme e mais três troféus, e o produtor português João Matos não se acanhou ao receber as estatuetas: “Este é um filme sobre o tempo em que o Brasil era a esperança de futuro dos portugueses. Esse tempo se foi”, disse.

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A escolha de «A Cidade Onde Envelheço» surpreendeu, já que o filme, que conta a delicada história de uma amizade, era um dos menos politizados da mostra. Apesar de não estar entre os favoritos, o filme levou também os prêmios de melhor ator coadjuvante, melhor atriz (dividido entre a dupla de protagonistas) e melhor direção, Marília Rocha.

O documentário «Martírio», de Vincent Carelli, também se destacou, levando o premio do júri popular e o especial do júri oficial.

Entre os curtas-metragens, a surpresa foi a animação «Quando os Dias Eram Eternos», de Marcus Vinicius Vasconcelos, que levou os prêmios de melhor filme e melhor trilha sonora. O mais premiado da noite, porém, foi «O Delírio é a Redenção dos Aflitos», de Felipe Fernandes, que levou três troféus, entre eles o de melhor diretor.

Na mostra Brasília, o vencedor de melhor longa foi «Catadores de Histórias», da Tânia Quaresma, que levou ainda outras duas estatuetas, de trilha sonora e fotografia.

Ainda na mostra local, foram lembrados veteranos como Vladimir Carvalho (melhor direção) e Maria Alice Vergueiro (melhor atriz). O ator e crítico Jean-Claude Bernadet, foi homenageado com a medalha Paulo Emílio Salles Gomes e chamou de golpe a situação política atual do país.

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