Entretenimento

Política deu (e dará) o eixo dos filmes do 49º Festival de Cinema de Brasília

Os filmes que participam da mostra competitiva do Festival de Brasília têm pautas políticas – reforma agrária, feminismo e outras – como cerne. Como já era de se esperar pela tradição do evento, pelo momento do país e pela seleção que foi feita, a política extrapolou a telona e se tornou o foco do evento.

ANÚNCIO

Na noite de abertura, na última terça-feira (20), cartazes contra a Lei Rouanet geraram muito debate. Ontem, as sessões especiais durante a tarde tiveram manifestações do público contra o presidente Michel Temer (PMDB). O clima era semelhante à noite, na exibição de «Rifle» (RS), de Davi Pretto, primeiro longa da mostra competitiva.

Leia mais:
Primeiro dia do Festival de cinema de Brasília terá sessões especiais e mostra
49ª edição do Festival de Brasília começa nesta 3ª e aposta na ‘política do cotidiano’

Nesta quinta-feira (22), o clima não deve esfriar. A mostra competitiva terá o longa «Martírio» (PE), de Vicent Carrelli, às 21h30, que fala sobre as dificuldades enfrentadas pelo povo indígena guarani kaiowá. R$ 12 (inteira).

A programação completa pode ser vista em goo.gl/s2yFNE.

 

CRÍTICA

Filme ficou em 2º plano na abertura
A noite de abertura do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro contou com a exibição de «Cinema Novo», de Eryk Rocha – mas o filme acabou não conquistando a plateia (parte do público aproveitou sofás extras colocados na sala para dormir durante a sessão). Embora o documentário faça um recorte rico de cenas de filmes dos anos 1960 do cinema nacional, ele acaba sendo repetitivo para quem já conhecia o movimento e pouco explicativo para os demais. O que chamou a atenção mesmo foi o tom político da noite – cartazes contra a Lei Rouanet, que incentiva muitos dos filmes da programação, foram espalhados ao redor do Cine Brasília e motivaram discussões entre o público.

 

Tags


Últimas Notícias