Para quem está encarcerado, a troca de cartas representa um ponto de contato com o resto do mundo. Quando a prisão é motivada por uma divergência política, esse ato ganha ainda mais importância por ser um modo de expressão possível quando o resto de sua liberdade foi cerceada.
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Essa é a realidade apresentada na exposição “Carta Aberta – Correspondências na Prisão”, que abre amanhã (10), às 11h, no Memorial da Resistência reunindo aproximadamente 70 cartas trocadas entre presos políticos e seus parentes e amigos entre 1969 a 1974 – os anos mais duros da ditadura militar brasileira.
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As curadoras Kátia Felipini e Luiza Giandalia organizaram o material sob temas, como a chegada à prisão e a ansiedade pré-julgamento.
Cedidas pelos detentos, as cartas são acompanhadas ainda por fotos, cartões e artesanatos produzidos no cárcere.
A ex-presa política Maria Aparecida Costa Cantal também dá um depoimento sobre a importância das trocas naquele contexto – ao longo da mostra, outros serão coletados e apresentados.
Serviço:
No Memorial da Resistência (lgo. General Osório, 66, Luz, tel.: 3335-4990). Abre amanhã (10). De qua. a seg., das 10h às 18h. Grátis. Até 20/3.