Quando Jesse Eisenberg telefona para nossa entrevista sobre “Café Society”, que estreia hoje, ele diz: “Aqui é Jesse Eisenberg, do filme”. Essa formalidade é a cara dele – o astro de cinema que não quer ser identificado como tal. Mas não é falsa modéstia – ele parece realmente sincero.
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Aos 32 anos, o ator encontrou um diretor talvez até mais neurótico do que ele mesmo. O longa é o segundo de Eisenberg com Woody Allen após “Para Roma com Amor” (2012) e é o 47º filme do cineasta americano.
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Nele, Eisenberg interpreta um jovem que se muda de Nova York para Los Angeles nos anos 1930 e se apaixona pela secretária (Kristen Stewart) de um agente de Hollywood que, por acaso, é seu tio (Steve Carell). Ele não desconfia que os dois estão tendo um caso, e o caminho dos jovens se reencontra tempos depois, quando as realidades de cada um já são bem diferentes.
Segundo o ator, “Crimes e Pecados” (1989) foi o primeiro filme de Allen a chamar sua atenção. “Foi quando vi que alguém poderia fazer algo engraçado e acessível e, ao mesmo tempo, introspectivo, contemplativo, reflexivo, intelectual e analítico”, diz ele.
Eisenberg elogia a liberdade que o diretor confere a seu elenco e sua abertura ao acaso. “Ele permite que os atores possam incorporar os personagens da maneira que acham adequado, e, se não há nada roteirizado, ele pede para que eles improvisem. Por um lado, ele é alguém incrivelmente específico, que tem um tom e um estilo de escrita muito próprios. Por outro, é provavelmente mais colaborativo e mente aberta do que a maioria das pessoas na posição dele”, descreve.
O ator fala ainda que buscou dar uma leitura pessoal para o alter ego de Allen no longa. “Meu sentimento era apenas de interpretar um papel como qualquer outro. Tentei visualizar o personagem com emoção e profundidade, enfatizando o que é realmente ingênuo dele no início do filme e o que tem de cínico nele na segunda parte. Woody disse várias vezes que teria interpretado o personagem como um cara cômico”, conclui.
Veja o trailer de «Café Society»: