Entretenimento

Assassina Elektra volta mais humana em primeira HQ solo em 13 anos

Visualmente, “Elektra #1” é tão impecável que dá vontade de pregar cada uma das páginas do volume na parede. Até mesmo o roteiro de W. Haden Blackman, que não é dos melhores, não tira o brilho de ver a personagem voltar a rodopiar graciosamente enquanto mata com suas espadas.

ANÚNCIO

Leia também:
Justiceiro, de ‘Demolidor’, vai ganhar uma série própria na Netflix
Vilão humanizado marca segunda temporada de ‘Demolidor’

Conhecida tanto por sua sensualidade quanto por suas habilidades, Elektra aparece mais frágil. A assassina impetuosa imortalizada nos roteiros de Frank Miller narra pela primeira vez a própria história e mostra seu lado mais frágil, lamentando as mortes que cercaram toda a sua vida: a da mãe, do pai e até a dela mesma.

Sofrendo pelo amor impossível que mantém por Matt Murdock, o Demolidor, a ninja mergulha em um clima depressivo que renova a psique da personagem, embora não tenha agradado os fãs.

Na nova série, Elektra está cercada não só de lembranças do passado, como de novos personagens. Uma das maiores falhas do enredo é, inclusive, apontar aliados e inimigos dos quais o leitor nunca havia ouvido falar. O cruel assassino Corvo Encapuzado, vilão da HQ, é tratado como uma ameaça mundial, mas não convence por nunca ter feito nem ponta em qualquer outra trama da Marvel.

A história repete velhas fórmulas e até as poucas reviravoltas são previsíveis. Ainda assim, “Elektra #1” é melhor do que muitos trabalhos atuais, como as revistas dos “X-Men”.

Os embates de Elektra contra os outros ninjas geram sequências de ação quase cinematográficas, e há sangue o bastante para não deixar os fãs da versão mais letal de Elektra decepcionados.

A minissérie teve 11 números, e espera-se que a Panini lance um novo volume com a conclusão da história, embora não haja data para o lançamento.

Sem querer entregar demais: é na segunda parte que a história pega fogo. Dada a qualidade do material, é pena que ele só esteja disponibilizado em capa de papel. As pinturas de Michael del Mundo mereciam bem mais.

Tags


Últimas Notícias