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O ‘Camaleão’ David Bowie partiu e deixou um rastro inesquecível de discos

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Ainda é difícil acreditar que David Bowie não está mais vivo no Planeta Azul.

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Inventivo, excêntrico, único, inspirador. Cada um, à sua maneira, tentava achar em palavras o que significava perder um artista como o Camaleão, que, segundo a família, morreu em paz neste último domingo, 10, em sua casa, aos 69 anos (completados no dia 8, sexta-feira), após 18 meses de luta contra um câncer.

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David Bowie foi muitos, e ninguém conseguiu ou conseguirá ser como ele ao pensar em sua arte como um todo. Elaborava com designers, fotógrafos, cineastas, estilistas, tudo o que pudesse elevar sua criação, e entendia que sua obra poderia viver em constante mutação. Por isso, sempre buscou fazer o melhor uso dessa transformação: foi glam rock, punk, eletrônico, new wave, new romantic, pop, rock, jazz, tudo isso sem perder a naturalidade.

Revolucionária, principalmente sua música é repleta de mélange cinematográfico, poesia boêmia, arte kitsch e capas estranhas e artísticas. Tudo isso apresentado por um cantor esquisito, de voz ora soturna, ora metálica e alienígena, que transmitia sentimentos de fuga, angústia e transe.

Inteligente e culto, foi Bowie quem introduziu muita gente a trabalhos de artistas como William S. Burroughs, Nietzsche, Jean Genet e tantos outros. Com um senso de arte pop fenomenal, ele inspirou e foi inspirado. Bowie foi o primeiro artista pop moderno. Completo.

Como Fernando Pessoa, ele fez uso de heterônimos para modelar a sua carreira em sucessivas reencarnações. Através de figuras como Ziggy Stardust, Aladdin Sane e o Thin White Duke, ele transformou-se em um intérprete visionário que influenciou várias gerações de artistas. “Não conseguia decidir se estava criando os personagens, se eles me criavam ou se todos éramos um só”, afirmou ele certa vez.

Seu impacto como músico, como um erudito das artes, como pensador, como xamã, como um sinal dos tempos, é indelével, deixando 27 álbuns.

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Acostumados que estávamos de vê-lo em constante movimento e sempre à frente do seu tempo, é quase impossível agora acreditar que David Bowie se foi.

Em tempo: a Nasa fez uma homenagem a David Bowie e batizou um asteroide que orbita um cinturão entre Marte e Júpiter de 342843 Davidbowie.

 

Confira os principais álbuns e filmes do artista:

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