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Justiça Militar mantém prisão de policial que matou idoso com um tiro, na Zona Leste de São Paulo

Clóvis Souza, 70, ia buscar remédio quando foi baleado; ele não tinha nenhuma ligação com ocorrência

Ele foi socorrido, mas não resistiu
Ferroviário aposentado Clóvis Marcondes de Souza, de 70 anos, morreu após ser atingido por tiro acidental de PM, em SP (Reprodução/Arquivo pessoal)

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O Tribunal de Justiça Militar decretou a prisão preventiva do policial militar que matou o ferroviário aposentado Clóvis Marcondes de Souza, de 70 anos, no Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo. A vítima ia buscar um remédio em uma farmácia, quando foi baleada. O agente realizava uma abordagem a suspeitos e alega que atirou acidentalmente.

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O caso aconteceu na tarde de terça-feira (7). Conforme a Polícia Militar, uma equipe do 8º Batalhão fazia um patrulhamento, quando tentou abordar duas pessoas que seguiam em uma motocicleta pela Rua Platina. Sem intenção, um dos policiais atirou, acertando Souza, que não tinha nenhuma relação com os suspeitos.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas o idoso não resistiu ao ferimento e morreu ainda no local.

O PM, que não teve o nome revelado, se apresentou e foi detido em flagrante. Ele passou por audiência de custódia na quarta-feira (8), quando teve a prisão convertida em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado.

O caso foi registrado inicialmente na Polícia Civil como homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Porém, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), é a Polícia Judiciária Militar que vai ficar responsável pelas investigações.

Questionado sobre a natureza do homicídio, o Tribunal de Justiça Militar informou que “foi solicitado que novas diligências sejam feitas para determinar se foi doloso ou culposo”.

Vítima buscava remédio

Genro do idoso, Paulo Proença contou ao site G1 que ele morava no bairro há sete anos e costumava caminhar pelas ruas. Na ocasião em que foi baleado, o homem se dirigia a uma farmácia para buscar um remédio.

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“Estava a poucos metros de onde ele morava e é um percurso tranquilo, super calmo, com alguns comércios. Inadmissível a PM atirar assim. Inadmissível um policial treinado disparar durante abordagem e atingir uma pessoa. Foi ele, mas podia ter sido qualquer um, uma criança, eu. Estamos devastados, desolados”, disse o genro.

“Não podemos aceitar que isso se torne comum aqui, um policial que foi capacitado usar a arma e atirar dessa forma. Como poder dar um tiro assim? Abordagem foi uma coisa maluca porque os rapazes na moto estavam indo levar documento no emprego”, questionou Proença.

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