Foco

Mulher de suspeito de decapitar funcionário de hospital nega relação amorosa com a vítima, diz polícia

Francisco Mizael, 29, foi atacado enquanto trabalhava; autor foi preso e disse que motivação foi ciúmes

Autor foi preso e tinha ciúmes da mulher com a vítima
Francisco Mizael Souza da Silva foi baleado e decapitado enquanto trabalhava em hospital, em Fortaleza, no Ceará (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil segue investigando a morte de Francisco Mizael Souza da Silva, de 29 anos, que foi baleado e decapitado enquanto trabalhava no Hospital Instituto Doutor José Frota (IFJ), em Fortaleza, no Ceará. Segundo a corporação, o suspeito pelo crime, um homem de 41 anos que também já trabalhou na unidade de saúde, disse que tinha ciúmes da sua mulher com a vítima. A esposa dele, no entanto, negou qualquer envolvimento extraconjugal.

ANÚNCIO

O delegado Ricardo Pinheiro, responsável pelas investigações, ouviu a mulher do suspeito preso e ela disse que o marido queria que ela deixasse o emprego. “Ela afirma que o marido dela seria muito ciumento, e que, por diversas vezes, pediu que ela deixasse o local de trabalho. Senão, ele faria uma loucura”, relatou o investigador ao site G1.

A mulher negou que tivesse qualquer relacionamento amoroso com Francisco, com quem trabalhava junto até 2022. O marido dela também trabalhou no local e foi demitido há mais de um ano. Mesmo assim, ele conseguiu entrar no hospital por meio do reconhecimento facial e atacou a vítima na terça-feira (23).

Um vídeo mostra o desespero de colegas após o assassinato na unidade hospitalar (assista abaixo). Outro funcionário também ficou ferido, mas não há detalhes sobre o estado de saúde dele.

Poucas horas após o assassinato, a polícia prendeu o principal suspeito do crime na cidade de Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza. “Um dos funcionários, que foi a vítima, estaria se insinuando para a companheira do autor do crime, motivo pelo qual ele já tinha anunciado algumas vezes que ia praticar um ato desse tipo”, disse o secretário de Segurança Pública do Ceará, Samuel Elânio.

Em nota, a direção do hospital lamentou o crime. “As famílias das vítimas estão sendo acolhidas e a situação está sendo acompanhada pelos órgãos de segurança, que está recebendo todo o apoio para as investigações. Reforçamos que todos os atendimentos aos pacientes seguem sendo realizados sem interrupção”, destacou o IFJ.

A irmã da vítima, Francisca Escóssia, contestou que os parentes tenham recebido algum suporte. “Para minha família não estão dando nenhum apoio. Minha família está aqui. Eu testou tentando buscar através de vocês Justiça. Ninguém veio até nós. Disseram só que a polícia está resolvendo e que devemos esperar. Dei meu número de telefone e contato e não recebemos nenhuma ligação e orientação”, disse ela ao G1.

Francisca ressaltou que a família desconhecia qualquer ameaça sofrida pelo irmão.

“A gente nunca soube que ele estava recebendo ameaças. Meu irmão não tinha problemas com ninguém e era muito alegre. Gostava de brincar com todo mundo. Se essa pessoa que era o pivô da situação teve algo com ele, foi em relacionamento de amizade e não passava disso. Se houve alguma coisa foi negligência do próprio estabelecimento que ele trabalhava”, lamentou ela.

Francisco era casado e tinha uma filha de seis anos, sendo que esposa dele está grávida do segundo filho. Familiares contaram que ele trabalhava no mesmo hospital há 10 anos.

O corpo da vítima foi enterrado no fim da manhã desta quarta-feira (24), em Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Homem foi preso logo após o crime
Ex-funcionário de hospital matou colega a tiros e o decapitou na unidade por ciúmes da mulher, diz polícia (Reprodução)

Tags


Últimas Notícias