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Publicitário desaparece após ir a sauna gay e é achado morto no Centro de SP; veja o que se sabe

Yuri Castro, 23, sumiu no último dia 22 depois de ir ao Hotel Chilli; família reconheceu o corpo no dia 24

Polícia investiga o que aconteceu
Publicitário Yuri Castro, de 23 anos, foi dado como desaparecido e achado morto após ir a sauna gay, no Centro de São Paulo (Reprodução/Redes sociais)

A Polícia Civil investiga a morte do publicitário Yuri Castro, de 23 anos, que desapareceu após ir a uma sauna gay no Largo do Arouche, no Centro de São Paulo. A família procurava pelo rapaz, mas o corpo dele foi identificado no Instituto Médico Legal (IML) na quarta-feira (24). O que aconteceu com a vítima ainda é um mistério e causa preocupação entre a comunidade LGBTQIA+ (veja mais no fim do texto).

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Conforme o boletim de ocorrência, Yuri esteve no Hotel Chilli e sumiu na madrugada da última segunda-feira (22). Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) o resgatou na Rua General Osório, na região Santa Ifigênia, a mais ou menos 900 metros da sauna gay.

O rapaz foi levado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vergueiro, na Liberdade, mas teve a morte confirmada. Não foram divulgados detalhes sobre como o resgate foi feito e quais as causas do falecimento. Conforme a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a investigação está em andamento no 3º Distrito Policial de Campos Elíseos, que requisitou exames periciais para determinar o que aconteceu com Yuri.

Em entrevista ao site UOL, o dono do Hotel Chilli negou que a morte do publicitário tenha alguma relação com a visita dele ao estabelecimento. “Estamos muito tristes com o falecimento do Yuri. Desejamos aos amigos e familiares, os nossos mais sinceros sentimentos”, destacou Douglas Drumond.

O empresário afirmou que tem sofrido ataques nas redes sociais de pessoas dizendo que Yuri foi destratado na sauna e agredido por um segurança, mas o dono negou e ressaltou que colabora com as investigações policiais.

Confusão em sauna gay

Em um áudio, divulgado pela rádio “BandNews FM”, um segurança da sauna disse que Yuri o procurou naquela ocasião, dizendo que estava “sendo perseguido” e que teria acionado a polícia. Depois disso, o publicitário teria saído correndo do estabelecimento e seguido para o Terminal Amaral Gurgel, que fica a 400 metros do Hotel Chilli.

O segurança disse que foi atrás do rapaz e o abordou, já que Yuri tinha deixado uma dívida de cerca de R$ 700 na sauna. Assim, o homem disse que o segurou pelo pescoço e o levava de volta ao estabelecimento, momento em que o jovem ficou “agressivo e transtornado”. Eles entraram em luta corporal, mas Yuri conseguiu escapar e não foi mais visto por ele.

Questionado a respeito da perseguição do segurança ao rapaz, Drumond negou que seus funcionários recebam ordens para perseguir e agredir clientes devedores.

Repercussão nas redes

Após a confirmação da morte de Yuri, muitas postagens nas redes sociais levantam suspeitas sobre o que teria ocorrido. Outras publicações citam uma “onda” de desaparecimento de integrantes da comunidade LGBTQIA+ na região central de São Paulo.

A coordenadora municipal de Diversidade de São Paulo, Leonora Áquilla, informou em suas redes sociais que, após saber da morte de Yuri, marcou uma reunião com a Polícia Militar e com a Guarda Civil Municipal para discutir a segurança em pontos de maior frequência da comunidade LGBTQIA+ da cidade.

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