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Mãe diz que aluna agredida e deixada seminua em escola é autista e lamenta: “Não consegui salvá-la”

Vídeo mostra quando colegas atacaram garota com socos e puxões de cabelo; polícia apura o caso

Vítima foi socorrida com escoriações
Estudante foi agredida por colegas e fica seminua dentro de escola, em Glicério, no interior de SP (Reprodução/X (Twitter))

A mãe da estudante de 15 anos que foi agredida por colegas e deixada seminua dentro da Escola Estadual Maria Matilde Castein Castilho, em Glicério, no interior de São Paulo, diz que presenciou toda a briga do lado de fora da unidade. A mulher, que não quer ser identificada, estava no portão esperando pela saída da filha, quando viu a garota levar socos e ter a roupa arrancada. Segundo a genitora, a menina tem problemas neurológicos e é autista.

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“A minha filha ficou nua na frente de todo mundo. E eu vendo aquela cena dói, mas não pude fazer nada. Me senti impotente, não consegui salvá-la. Depois, eu invadi a escola e vi minha filha chorando muito”, contou a mãe em entrevista a TV TEM, afiliada da TV Globo.

O caso aconteceu na terça-feira (26). As estudantes teriam se desentendido por causa do irmão de uma delas e, assim, iniciaram as agressões. Duas menores começaram a dar socos e a puxar os cabelos da garota, que chegou a ser arrastada no chão. Em seguida, elas puxaram as roupas da vítima e a deixaram seminua. A confusão só acabou após a intervenção de funcionários da escola.

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A estudante agredida foi socorrida, levada a uma unidade de saúde com escoriações e depois liberada. Outro aluno que sofreu um ferimento no pé, ao ser atingido por uma carteira durante a briga, também foi atendido.

A Secretaria Estadual de Educação informou que repudia a violência dentro da escola, lamentou o caso e disse que as estudantes envolvidas vão acompanhar as aulas remotamente nesta semana.

Problemas neurológicos

A mãe da vítima contou, ainda, que a filha passa por tratamento neurológicos e teve o diagnóstico de autismo, mas é alvo constante de bullying na escola.

“Na semana passada, eu não levei a sério, porque achei que fosse coisa de adolescente. Hoje, chegando lá, eu vi a briga e, até agora, estou sem entender. Eu mando a minha filha para a escola com coração partido, com medo, porque ela tem autismo e sofre perseguição dentro da escola, bullying. Já não sei a quem recorrer”, lamentou a genitora.

Os pais da aluna estiveram na Delegacia de Polícia de Glicério e registraram queixa contra as duas estudantes envolvidas.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) confirmou que o caso foi registrado como ato infracional de lesão corporal. “As investigações prosseguem pela unidade policial para esclarecer o caso”, informou a pasta.

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