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Dólar tem leves variações ante real antes da posse de Trump

O dólar operava com leves variações ante o real nesta sexta-feira, com a expectativa pela posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, trazendo cautela aos investidores e enxugando um pouco o volume de negócios.

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A morte do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, também estava no radar, diante das incertezas que cercam o futuro da operação.

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Às 10:23, o dólar avançava 0,01 por cento, a 3,2006 reais na venda, depois de ter cedido 0,58 por cento na véspera. O dólar futuro tinha leve alta de 0,05 por cento.

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«O mercado, de um modo geral, estava bem calmo, mas não descarto algum movimento defensivo mais perto da hora da posse de Trump (15:00, horário de Brasília)», comentou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

Tump está pronto para começar a implementar ações executivas no seu primeiro dia na Casa Branca, para avançar rapidamente com as suas promessas de reprimir imigração, construir um muro na fronteira entre Estados Unidos e México e reverter políticas do presidente Barack Obama.

O maior temor dos investidores é que Trump adote de fato uma política econômica inflacionária e protecionista, o que poderia obrigar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar ainda mais os juros. Se isso se concretizar, recursos aplicados em outras praças, como a brasileira, podem migrar para os Estados Unidos em busca de rendimentos maiores.

No exterior, o dólar tinha leve alta ante uma cesta de moedas e algumas divisas de emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

Internamente, a morte de Zavascki criou grandes incertezas sobre o futuro da operação Lava Jato, sobretudo no que se refere ao substituto que dará andamento à operação no STF.

A expectativa era de que o ministro decidisse em fevereiro se homologaria ou não o acordo de delação premiada de 77 executivos da Odebrecht. O acordo é apontado como tendo potencial explosivo para boa parte da classe política que teve o nome citado pelos executivos da empreiteira.

«A leitura é de que traz um componente de especulação, pode alterar o rumo das investigações e isso não é bom para a credibilidade. Vai fazer preço nos ativos em algum momento», afirmou Silva.

O Banco Central brasileiro realiza novo leilão de swap cambial tradicional –equivalente à venda futura de dólares– com oferta de até 15 mil contratos para rolagem do vencimento de fevereiro.

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