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Disputa do Oscar de melhor ator de 2017 coloca em cena dois personagens opostos

Denzel Washington interpreta um personagem falante, bombástico e dominador cuja personalidade salta da tela. Casey Affleck, por contraste, vive um personagem introvertido, taciturno, rabugento e depressivo.

Os dois estão competindo pela estatueta de melhor ator no Oscar do próximo domingo (26), o que comentaristas da cerimônia dizem ser o prêmio mais disputado depois de semanas de campanhas e elogios do meio artístico.

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Embora o musical «La La Land» seja o franco favorito para vencer a principal categoria, a de melhor filme, a atuação de Denzel em «Um Limite Entre Nós», um drama sobre os dilemas de uma família negra, e o papel de Casey no devastador «Manchester À Beira-Mar» geraram uma competição acirrada.

«Há muito carinho por Denzel Washington e também há a polêmica do #OscarTãoBranco do ano passado, que têm que estar na cabeça dos eleitores do Oscar», disse Matt Atchity, editor-chefe do site agregador de resenhas RottenTomatoes.com.

Se tudo der certo para Denzel, de 62 anos, ele irá se juntar a nomes como Meryl Streep e Jack Nicholson, membros de um grupo raro de atores que conquistaram três Oscars.

Casey, de 41 anos, irmão caçula do também ator Ben Affleck, cobiça sua primeira estatueta. Ele conquistou 90% das honrarias anteriores e dos louvores da crítica até perder o prêmio do Sindicato dos Atores dos Estados Unidos para um Denzel Washington surpreso em janeiro.

Casey conseguiu estas vitórias apesar das alegações de assédio sexual de 2010 que ressurgiram bem no momento em que suas perspectivas para o Oscar ganhavam fôlego. Duas colegas de elenco de um filme anterior de Casey iniciaram ações civis alegando insinuações indesejadas que foram encerradas por acordos fechados fora dos tribunais por somas desconhecidas. À época o advogado do ator negou as acusações.

 

«Não ajuda, mas não acho que será um fator crucial no Oscar», opinou Tim Gray, que cobre cerimônias de Hollywood para a revista especializada «Variety».

Gray comparou o caso de Casey com o do cineasta Roman Polanski, que recebeu um Oscar de melhor direção em 2002 apesar de um caso de estupro de 1977.

Os outros concorrentes ao prêmio de melhor ator – Andrew Garfield («Até o Último Homem»), Viggo Mortensen («Capitão Fantástico») e Ryan Gosling («La La Land») – são vistos como azarões na votação dos 6.600 membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que se encerrou nesta última terça-feira (21_.

 

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