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TCC de jornalismo se transforma em biografia de Clementina de Jesus

A obra “Quelé — A Voz da Cor”, relata a trajetória da  sambista que tanto contribuiu para a música brasileira.

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Escrita pelo quarteto Janaína Marquesini, Luana Costa, Raquel Munhoz e Felipe Castro, formados na faculdade de jornalismo da Universidade Metodista de São Bernardo do Campo, a obra traz histórias inéditas de Clementina, resultado de seis anos de muitas pesquisas.

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“Nós percebemos que o samba da Clementina não era valorizado e fomos atrás de arquivos. O que mais que me tocou foi a memória dela. Ela tinha a facilidade de transmitir oralmente a cultura popular brasileira”, revela Luana Costa, 27, uma das quatro universitárias-autoras.

Nascida no interior do Estado do Rio, em Valença, no Vale do Paraíba, filha da primeira geração de descendentes de africanos libertados da escravidão, Clementina desde pequena ouvia a mãe cantar saberes ancestrais da cultura banto enquanto lavava roupas.

Clementina – ou Quelé, apelido que ganhou na infância – cantou desde pequena, na igreja e em festas religiosas. Foi portelense, antes de entrar nas rodas de samba da Estação Primeira de Mangueira para nunca mais sair, por influência e amor a seu marido, Albino Pé Grande, com quem foi casada por 30 anos.

Seu talento, no entanto, foi descoberto quando ela já era sexagenária pelo produtor cultural e compositor Hermínio Bello de Carvalho, em 1964, no bar carioca Taberna da Glória.

Clementina de Jesus morreu no Rio após sofrer o quinto derrame.

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