Para superar uma grande perda, o dramaturgo britânico Nick Payne se apegou à existência de universos paralelos, onde os rumos da história que está acontecendo agora tomariam direções completamente diferentes.
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Assim surgiu o argumento de “Constelações”, que estreia nesta sexta (10) no Sesc Santana (r. Luiz Dumont Vilares, 579, tel.: 2971-8700; sex. e sáb., às 21h; dom., às 18h; R$ 40; até 19/3).
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Na montagem dirigida por Ulysses Cruz, Marília Gabriela vive uma cientista super-racional que se envolve com um apicultor pé no chão interpretado por Caco Ciocler .
“Eles são opostos, mas complementares. São dois desajustados sociais, sem muito traquejo nas relações amorosas. Ele é menos sofisticado intelectualmente do que ela, mas tem um tipo de sabedoria popular”, diz o ator.
Ele elogia a paixão da escrita de Payne, presente em sucessivas esquetes com resultados diferentes para cada novo encontro dos personagens.
“Uma mesma cena é repetida várias vezes. Em umas dá certo, em outras, não. Esse texto me pegou porque fala sobre como somos capazes de mudar nosso futuro a cada segundo. É você que decide a sua história. Qualquer pequena variação em uma resposta, por exemplo, resulta em um futuro específico – e a peça faz uma visita a esses futuros possíveis”, explica ele, que se reveza no papel com Sergio Mastropasqua.