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Após susto de saúde, João Carlos Martins volta ao piano como ‘segunda voz’

O destino vive pregando peças na vida de João Carlos Martins. Acidentes, síndromes e uma agressão provocaram limitações nos movimentos das mãos que frearam sua carreira de pianista.Por outro lado, surgiu assim um dos maestros mais dedicados à popularização da música erudita no Brasil.

O último revés aconteceu na semana passada, quando foi internado com embolia pulmonar. Recuperado e prestes a ter sua trajetória retratada em um filme estrelado por Alexandre Nero, o músico de 76 anos continua a se dedicar a vários projetos, como o Quintas Clássicas, que ele abre hoje (2), às 21h, ao lado do pianista Arthur Moreira Lima no Citibank Hall (av. das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro; de R$ 60 a R$ 180). No dia 16, o maestro volta ao local com a Bachiana Filarmônica e a Bateria da Vai-Vai.

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Arthur Moreira Lima e o senhor compartilham um trabalho de popularização da música erudita. É isso que os aproxima um do outro?
Sim. Eu com minha orquestra e Arthur com o piano dele vivemos um trabalho dos mais emocionantes. Ele viaja com um caminhão que vira palco e chegou a fazer concertos em todos os estados brasileiros. Com a orquestra Bachiana Filarmônica, já atingimos quase 14 milhões de pessoas. A música clássica é um direito de todos os segmentos da sociedade.

Como será a apresentação?  
São dois pianos. Em 1980, quando eu tinha todo o movimento das duas mãos, nós fizemos esse concerto. Além da parte da inspiração, nós dois mostrávamos o nosso virtuosismo ao piano. Hoje, com os problemas que eu tive, ele faz o virtuosismo e eu participo na única hora que a música clássica se aproxima da musica sertaneja, porque eu faço a “segunda voz”. (risos) Nas partes rápidas há vídeos comigo nos velhos tempos e do Arthur tocando com orquestras. Tem também um papo com a plateia para contar nossas trajetórias.

Como foi a escolha do repertório?
Tocamos Bach, Chopin e dois músicos, Piazzolla e Tom Jobim, que já se tornaram clássicos pelo talento deles.

Na próxima semana o senhor rege a Bateria da Vai- Vai. O que essa parceria acrescentou ao senhor ?
Eu levei percussionistas da Bateria da Vai-Vai para um concerto em Nova York, e eles participaram com a Bachiana nas duas últimas músicas, de Bach e Vivaldi, mostrando a criatividade e a naturalidade de pessoas que talvez nunca estudaram música, mas têm o ritmo no sangue. Foi uma experiência fantástica que vai se repetir aqui. Rejo a 5ª Sinfonia de Beethoven e depois eles entram com Villa-Lobos.

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