O austríaco Erwin Wurm, de 62 anos, não é exatamente conhecido no Brasil, mas sua obra tem potencial para se tornar pop por aqui a partir da exposição “O Corpo É a Casa”, que abre amanhã (25) no Centro Cultural Banco do Brasil.
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Seja em esculturas, vídeos, instalações, performances ou intervenções, Wurm busca extrapolar as características do suporte com o qual trabalha.
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Na mostra em questão, organizada por Marcello Dantas, isso se revela, por exemplo, em objetos que ganham traços tipicamente humanos, evocando imagens altamente pop.
É o que se vê em “Casa Gorda”, remontada no hall de entrada do CCBB. A escultura propõe uma morada com as paredes “inchadas” tal como uma pessoa. A aparência fofa, no entanto, esconde as 2 toneladas que a obra realmente pesa.
Presentes em carros, sofás e salsichas, distorções como essas se valem do humor para produzir uma crítica à sociedade de consumo contemporânea ao provocar o estranhamento do público em relação a objetos corriqueiros e já conhecidos.
Os 40 trabalhos reunidos na exposição apresentam ainda outras questões recorrentes a Wurm.
A discussão sobre a presença do artista em suas obras é apresentada na série “O artista que engoliu o mundo”. Já a participação do público para a efetivação do trabalho artístico é debatida na série “Esculturas de um minuto”, na qual os visitantes seguem instruções e tornam-se a própria obra.
Como parte da proposta de deslocar o olhar do espectador, a exposição também se estende para locais pouco convencionais e distribui 13 vídeos de Wurm em banheiros, corredores, elevadores e na fachada do próprio CCBB.
Serviço:
No CCBB (r. Álvares Penteado, 112, Centro, tel.: 3113-3651). Abre amanhã (25). De qua. a seg., das 9h às 21h. Grátis. Até 3/4.