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Construção de identidade é debatida em monólogo interpretado por Grace Passô

O argumento de “Vaga Carne” até pode parecer subjetivo demais, mas o monólogo atualmente em cartaz no Sesc Pompeia fala de questões bastante concretas e que dizem respeito a dilemas contemporâneos.

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Na montagem, a atriz mineira Grace Passô interpreta uma voz capaz de invadir matérias líquidas, sólidas ou gasosas, até que um dia ela resolve ocupar o corpo de uma mulher e tenta entender toda a complexidade na qual passa a habitar.

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“A peça não é baseada em uma situação realista. Ela é bastante inventiva. A personagem é uma voz que começa a narrar o corpo humano e também a procurar as identidades presentes nele”, explica Grace, também autora da dramaturgia, pela qual foi indicada ao Prêmio Shell.

A construção da identidade, portanto, torna-se é o foco do trabalho. “A voz passa a sondar quem seria aquela mulher. Essa é obviamente uma metáfora da nossa busca diária por reconhecer as nossas identidades e nossa memória”, diz ela, que ganhou projeção como atriz e autora no Grupo Espanca!.

“Vaga Carne” integra o projeto Grãos da Imagem, criado por Grace para reunir peças em torno de temas identitários, uma preocupação cada vez maior para a artista. “O que me moveu a escrever esse texto foi buscar entender o que a gente significa no mundo e na sociedade, especialmente hoje em dia, com conceitos como identidade de gênero e identidade hacker.”

Em termos dramatúrgicos, o monólogo se despoja de elementos cenográficos para dar primazia à palavra.

“Isso faz parte de uma busca por trabalhar com coisas essenciais à cena, mas procuro fazer com que o público seja parte ativa na construção da ilusão”, completa ela, que contou com a colaboração de Kenia Dias, Nadja Naira e Ricardo Alves Jr. para a criação do trabalho.

 

Serviço:
No Sesc Pompeia (r. Clélia, 93, tel.: 3871-7700). De qui. a sáb., às 21h, dom., às 19h. R$ 25. Até 5/2.

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