Conhecida por seu trabalho na televisão, Susana Vieira abre espaço para o teatro no monólogo “Uma Shirley Qualquer”, que estreia hoje (13) sob a direção de Miguel Falabella no Teatro Renaissance (al. Santos, 2.233, Jardins; sex., às 21h20, sáb., às 21h, dom., às 18h30; R$ 100).
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A personagem que dá nome à peça é casada e mãe de dois filhos e decide descarregar as angústias em uma viagem à Grécia com uma amiga.
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O drama de Shirley é bastante universal. Sendo uma mulher de sucesso em sua carreira, como você se relaciona com a personagem?
Ela é muito bem escrita. A Shirley percebe que não está feliz e decide ir em busca dos seus sonhos e isso é maravilhoso. Ela diz “sim” para a vida em um determinado momento da peça. E eu faço isso o tempo todo, amo meu trabalho, minha vida, meus amigos. Acho que estamos aqui para sermos felizes.
Assim como a personagem, você crê que nunca é tarde para recomeçar?
Estamos vivos para sermos felizes, não importa a idade. O importante é ir atrás do que você acredita. A vida passa muito rápido. É muito bom chegar na minha idade, 74 anos, e ter orgulho da sua história, da sua carreira. E mesmo assim eu quero mais. Não estou me desafiando nesse monólogo? Sempre é tempo de realizar os seus sonhos.
Apesar da temática de conflito, o espectáculo é uma comédia. Como não perder o bom humor diante das dificuldades da vida?
Esse é o segredo. O humor chega mais rápido. Você está rindo e, quando percebe, está dentro da história.
Qual o maior desafio de fazer um monólogo?
O texto é o maior desafio, mas, ao mesmo tempo, não me sinto sozinha em cena. A plateia vai junto comigo o tempo todo. Tem sido uma experiência incrível. Entro em cena feliz, com frio na barriga, mas feliz.