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História sobre paternidade e Síndrome de Down embala ‘O Filho Eterno’

Sempre que fala do lançamento do livro «O Filho Eterno», de 2007, Cristóvão Tezza menciona a surpresa pela obra ter sido um sucesso, reconhecido em premiações como da APCA e Jabuti. “Quando lancei achei que seria um fracasso total”, comentou o escritor, que mora em Curitiba, ao Metro Jornal.

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Nove anos depois de publicada, a história autobiográfica que narra a relação do próprio escritor com seu filho, que tem Síndrome de Down, continua uma referência e ganha as telas do cinema, em adaptação que estreia hoje (1º).

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Dirigido por Paulo Machline, de «Natimorto» (2009), «O Filho Eterno» se passa nos anos 1980, época ainda nebulosa em relação a informações sobre crianças com Down.

O personagem de Marcos Veras, Roberto, é um escritor em início de carreira que vê sua vida profissional e conjugal ao lado da jornalista Cláudia (Débora Falabella) virar um verdadeiro caos enquanto seu filho Fabrício (Pedro Vinicius) cresce. Com leveza e sem apelar para melodramas, a trama emociona por tratar uma questão universal: a relação paternal.

Para Tezza, que não participou da produção do filme, o longa tem um toque sentimental forte inexistente no livro, mas que foi muito bem trabalhado na adaptação.

“Nunca é piegas. E este é um dos grandes méritos do filme. E a gente lembra que o sentimental faz parte da estética do cinema. Já na literatura ele tem que ser muito sutil para ficar bom”, comentou o escritor, autor de mais de 20 obras.

A diferença de linguagem entre a literatura e o cinema foi justamente o que manteve Tezza longe da adaptação de «O Filho Eterno», ele conta. “Eu respeito a autonomia da produção. E já assisti ao filme duas vezes, gostei muito. Tem ótimas soluções, já que em várias partes o filme faz uma releitura da obra”, explicou o escritor.

Uma delas é a presença de Cláudia. “A mãe foi uma criação do roteiro. E ela ser interpretada por Débora Falabella preenche a falta de profundidade que a personagem acaba tendo”, acrescentou Tezza, logo depois de elogiar a interpretação de Marcos. “Veras foi extremamente convicente”.

Veja o trailer de «O Filho Eterno»:

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