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Mostra ressalta cinema negro e polonês em meio a diálogo entre passado e presente

O documentário de Beto Brant e da atriz Camila Pitanga sobre o pai dela, o ator Antonio Pitanga, é destaque da programação da Mostra Internacional de Cinema entre os títulos nacionais.

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«Você segue a carreira do cinema brasileiro pela carreira dele, é um documentário é muito afetivo, sem narração, todo feito de encontros», afirma a diretora do evento, Renata de Almeida. Para ela, «Pitanga» (na foto) abre uma discussão sobre a representação do negro no cinema nacional – algo que, na visão dela, regrediu dos anos 1970 para cá.

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«O Cinema Novo tinha uma representação negra muito forte, mas muitos filmes não foram restaurados… Acho que a gente deu um passo um pouco para trás em relação ao racismo», diz ela.

A primeira exibição de «Pitanga»  acontece no sábado (22), às 19h50, no Espaço Itaú Frei Caneca.

Foco polonês

Morto no último dia 9 aos 90 anos, Andrzej Wadja receberá postumamente o Prêmio Humanidade por sua capacidade de sintetizar em sua obra as lutas e sofrimentos de uma Polônia pós-guerra e diante de turbulências políticas e econômicas.

Dezessete filmes seus serão exibidos, como “Cinzas e Diamantes” (1958) e “ Terra Prometida” (1974), assim como uma seleção de filmes poloneses contemporâneos capazes de traçar um panorama da atual produção do país.

Passado e presente

A Mostra conversa com sua própria história ao reexibir produções marcantes de suas 40 edições em paralelo a novos filmes desses diretores, além de apresentações especiais com títulos como “Variety” (1983), de Bette Gordon – integrante do júri deste ano – e “Um Homem a Mais” (2001), de Paolo Sorrentino, que exibe agora a série “The Young Pope”.

Hector Babenco. Morto em julho, o diretor será lembrado com a exibição de “Lúcio Flávio, Passageiro da Agonia” (1976), vencedor da primeira edição da Mostra. Dia 29, às 21h50, no Cinearte.

‘Decálogo’. Marco da 13ª Mostra, as quase 10 horas da produção de Krzysztof Kieślowski fazem uma leitura poética dos Dez Mandamentos na Polônia moderna. Amanhã, às 13h, no Cinesesc.

‘Daunbailó’. Habitué de Cannes, o americano Jim Jarmusch se faz presente na sala Cinearte por “Daunbailó”, atração da 11ª Mostra (dom., às 17h30), e o novíssimo “Paterson” (dom., às 19h30).

Paul Verhoeven. O holandês apresenta “Elle”, indicado da França ao Oscar de filme estrangeiro (sex., às 21h40, no Cinearte), e “O Quarto Homem” (sex., às 21h, na Cinemateca), sucesso da 8ª Mostra.

Veja a programação completa da Mostra aqui.

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