Não que ele seja exatamente um homem de grandes pudores, vide a polêmica capa de seu “Todos os Olhos” (1973), estampando um ânus tapado por uma bola de gude, ou mesmo suas sessões fotográficas mais recentes, nas quais, ele se despiu espontaneamente para as câmeras.
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Acontece que todas as 13 faixas de seu mais novo álbum, “Canções Eróticas de Ninar”, se dedicam exclusivamente a cantar, refletir e celebrar o ato sexual.
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“Só agora encontrei forças para mergulhar na questão, embora ela seja sempre presente, como o ar: tema que envolve curiosidade, brincadeira, ansiedade, segregação, gosto, blasfêmia, oração…Vida e morte”, escreve ele no encarte do álbum produzido por Paulo Lepetit.
O bom humor dá a tônica das letras, construídas, em boa parte, a partir de memórias de infância e de como o tema foi aprendido na marra devido ao silenciamento em torno dele. É o que se ouve, por exemplo, em “Dedo”, no qual Tom Zé cavocou versos criado por garotas de sua juventude para fazer graça sobre o tabu da virgindade.
As sonoridades vão por caminhos diversos, mas mantêm uma dinâmica dançante, como se vê logo na abertura com o samba de “Sexo”, passando pelo xaxado de “Descaração Familiar” e o reggae de “Urgência Didática”.
Os ritmos adotam o compasso de dois tempos, sugerindo um vai e vem condizente com o tema – “Sobe ni Mim” é seu maior exemplo – e permitem a brincadeira sobre uma suposta rixa sexual entre intelectuais em “USP x GV”.
As faixas estreiam no palco em 8 e 9 de outubro no Sesc Pompeia. Os ingressos custam R$ 30 e começam a ser vendidos nesta terça-feira (27), às 17h30, no site sescsp.org.br.