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Aguinaldo Silva compila bastidores de casos policiais em livro

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Qual foi sua grande motivação para escrever este livro?
Notei que não havia nenhum depoimento mais alentado sobre o modo como se fazia jornalismo durante os anos de chumbo. Achei que teria condições de preencher esta lacuna se baseasse o meu depoimento nas minhas memórias pessoais. Acho que o tom autobiográfico de “Turno da Noite” torna o conteúdo mais interessante e ultrapassa aquilo que poderia ser puramente documental. Mas, ao meu depoimento pessoal sobre a época, o livro acrescenta uma seleção das reportagens ou textos que publiquei na época, e isso o torna também um documento. É um livro que se lê quase como uma obra de ficção, mas é também uma obra para ser consumida por quem pretende ser jornalista ou conhecer a história do jornalismo.

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Como você lidava com o cenário violento da época da ditadura militar?
Como um jornalista. Minha missão era informar, relatar, dar minha impressão pessoal de cada caso, e eu fazia isso sem parar para pensar que, enquanto o fazia, corria sérios riscos. A pergunta chave do livro é a que me fiz ao recuperar e reler estes textos escritos durante a fase mais negra da ditadura militar: como é que ainda estou vivo?

Como você se tornou autor de novela?
Por ser um repórter policial e gozar de certa notoriedade na profissão, fui convidado pela Rede Globo para escrever um seriado chamado “Plantão de Polícia” (1979), que se passava na redação de um jornal. Escrevi o seriado durante três anos, depois fui convidado para escrever as minisséries «Lampião e Maria Bonita» (1982) e «Bandidos da Falange» (1983) e, daí para as novelas foi um pulo. Mas vivo repetindo: eu não sou novelista, estou novelista. O que sou, fui e sempre serei é jornalista.

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