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Curta brasileiro ganha menção especial do júri no Festival de Cannes

O curta-metragem «A Moça que Dançou com o Diabo», de João Paulo Miranda Maria, recebeu menção especial do júri no Festival de Cannes, que encerrou na tarde deste domingo (22).

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O filme conta a lenda de uma garota que dançou com o diabo, sem saber, durante uma festa na Sexta-Feira de Paixão. Esta é a segunda vez que o diretor participa do festival francês. No ano passado, ele exibiu seu curta «Command Action» na Semana da Crítica.

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«I, Daniel Blake», do britânico Ken Loach, foi o vencedor da Palma de Ouro de melhor filme. «Quando há desespero, as pessoas da extrema direita ganham vantagem. Precisamos dizer que um outro mundo é não apenas possível, como necessário», afirmou o cineasta de 79 anos, conhecido pelo tom altamente politizado de suas produções. Ele já havia vencido o prêmio em 2006, por «Ventos da Liberdade».

Capitaneados pelo diretor George Miller, de «Mad Max», jurados como Kirsten Dunst, Mads Mikkelsen e Vanessa Paradis decidiram pulverizar a  premiação, resultando em uma lista de vencedores imprevisível e cheia de surpresas, segundo a imprensa internacional.

O Grande Prêmio do Júri foi destinado a «Juste la Fin du Monde», do canadense Xavier Dolan, que já havia dividido o mesmo título dois anos atrás, com Jean-Luc Godard, por «Mommy».

O prêmio de melhor diretor foi divididor entre o francês Olivier Assayas, por «Personal Shopper», e o romeno Cristian Mungiu, por «Bacalaureat», enquanto o iraniano «Forushande» levou os títulos de melhor roteiro para Asghar Farhadi e melhor ator para Shahab Hosseini.

Dirigido pelo pernambucano Kleber Mendonça Filho, «Aquarius» não recebeu nenhuma premiação. Cotada para receber a Palma de Ouro de melhor atriz por sua interpretação no longa, Sonia Braga perdeu para a filipina Jaclyn Jose, de «Ma’ Rosa», dirigido por Brillante Mendoza.

«Prêmios não são matemáticos, por mais que a imprensa, a crítica e cinéfilos defendam seus filmes amados. Fica uma experiência intensa de repercussão, imprensa espetacular, discussão emotiva e política em torno do filme e do Brasil, do amor e da história», escreveu Mendonça Filho em sua conta de Facebook logo após a premiação.

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