Em 2011, a Fox acertou ao relançar a franquia X-Men com foco nas origens dos personagens mutantes em plena década de 1960. Além de se valer do charme retrô, a produção conseguiu localizar melhor a grande questão em torno da qual giram os personagens criados por Stan Lee e Jack Kirby: a luta pelos direitos das minorias, que pegou fogo justamente durante esse período nos Estados Unidos.
Após uma confusa sequência (“Dias de um Futuro Esquecido”, em 2014), a trilogia fecha agora com ares oitentistas, mas sem a força do original, em “X-Men: Apocalipse”, que estreia nesta quinta-feira (19).
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O vilão da vez é justamente o que batiza o título. Apocalipse (Oscar Isaac) acorda de um longo sono com o objetivo de destruir a humanidade ao lado de seus quatro cavaleiros – Magneto (Michael Fassbender) é um deles. Após acumular habilidades alheias, o malvado se torna o mais poderoso mutante e vira uma pedra no sapato dos planos pacifistas do professor Xavier (James MacAvoy).
Sob a liderança de Mística (Jennifer Lawrence), seus novos alunos – Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan) e Noturno (Kodi Smit-McPhee) – serão responsáveis por salvar não só o mestre como a Terra.
Em “Apocalipse”, o debate político inerente aos mutantes é achatado na forma do velho embate entre o bem e o mal. Cabe a Magneto personificar os contrastes e ambiguidades entre esses dois polos. Isso se dá, no entanto, sem qualquer densidade, despotencializando o caráter de anti-herói do personagem.
O quesito ação também deixa a desejar. À exceção da cena de apresentação do ótimo e acelerado Mercúrio (Evan Peters), a sensação é de que os poderes dos mutantes são bastante subaproveitados nas lutas, em especial após “Capitão América: Guerra Civil” ter estabelecido um novo padrão para cenas do tipo.
As bilheterias, no entanto, não devem desapontar. Será que haverá continuação? Uma cena após os créditos leva a crer que ao menos um spin-off está por vir.
Veja o trailer:
Conheça os novos mutantes que integram o time dos X-Men:
