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Em Cannes, Sonia Braga diz que Brasil está dividido

Durante entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (18) durante o 69º Festival de Cannes, a atriz brasileira Sonia Braga comentou o protesto silencioso da equipe do filme «Aquarius» realizado ontem no tapete vermelho do evento. Na ocasião, o elenco e o diretor da produção, Kleber Mendonça Filho, ostentaram cartazes contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, com frases em inglês e francês que diziam «Brasil vive um golpe de Estado», «O mundo não pode aceitar um governo ilegítimo» e «54.501.118 de votos queimados».

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«Toda essa transição será muito prejudicial para nossa democracia, que foi algo difícil de conseguir. Não é fácil perder», afirmou ele. No filme, a atriz vive uma jornalista aposentada que resiste contra a especulação imobiliária e insiste em permanecer no prédio onde viveu a vida toda apesar das investidas de uma incorporadora.

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«Foi muito importante usar essa plataforma internacional para expor o que está acontecendo no Brasil. Por causa de uma imprensa tendenciosa e pelo que as pessoas estão sentindo, o Brasil está dividido», disse Sonia. A foto dos atores com os cartazes estampou a capa do jornal britânico «The Guardian» desta quarta-feira (18).

Kleber Mendonça Filho criticou ainda a «divisão dramática» que o impeachment de Rousseff provocou no país. «Escolheram o mês errado para extinguir o Ministério da Cultura, porque um filme financiado com recursos públicos está justamente competindo em Cannes», afirmou.

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