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‘Um Brinde À Vida’ traz reencontro de amigas sobreviventes do Holocausto

Inspirado na vida da mãe de seu diretor e roteirista, Jean-Jacques Zilbermann, “Um Brinde à Vida” tem brinde, mas parece não ter muita vida. O longa parte da experiência dela e outras duas amigas –todas sobreviventes de Auschwitz– e acompanha seu reencontro mais de uma década depois da experiência no campo de concentração.

O filme, aliás, começa no momento sombrio, quando não fica bem claro o que está acontecendo com as moças e, depois, acompanha Hélène (Julie Depardieu, filha de Gérard Depardieu), anos mais tarde, em Paris, onde encontra o antigo apartamento de sua família empoeirado, mas praticamente intacto.

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A protagonista tenta retomar sua vida, reabre seu ateliê de costura e também resiste aos flertes de Raymond (Mathias Mlekuz), um trabalhador envolvido com política. Mais tarde, reencontra sua paixão de juventude, Henri (Hippolyte Girardot), um homem mais velho com quem, finalmente, poderia viver sua história de amor.

Ano após ano, ela publica um anúncio num jornal e, finalmente, reencontra a amiga que fez em Auschwitz, Lili (Johanna Ter Steege), que mora em Amsterdã e tornou-se ativista da causa feminina na comunidade judaica –especialmente para que mulheres possam se tornar rabinas.

Nos anos de 1960, finalmente, as duas marcam um encontro na costeira Berck-sur-mer. Lili também traz Rose (a canadense Suzanne Clément, musa de Xavier Dolan), que Hélène acreditava estar morta.

Apesar da vida ter seguido em frente, o trio percebe que é impossível deixar para traz uma experiência como aquela que tiveram no campo de concentração –isso sempre será um fantasma que as perseguirá, mesmo que fique escondido na memória. O que há de mais interessante no filme é como o apoio mútuo as transforma e as ajuda a seguir em frente.

Ainda assim, apesar de toda a força emocional que o material traz, o filme escrito por Zilbermann, Odile Barski e Danièle D’Antoni parece friamente calculado e calculista, dando a deixa para diálogos e relações catárticas e pouco orgânicas.

As imagens do trio real (protagonistas de um documentário realizado pelo diretor chamado “Irene e Suas Irmãs”) mostram em poucos minutos toda a força que as personagens tinham e que parece ter se dissipado nessa ficção.

 

Veja o trailer do filme:

 

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