“Memórias Secretas”, que estreia nesta quinta-feira (12), guarda reviravoltas que não ousaríamos revelar. São mudanças de roteiro que estão ali não apenas para entreter o público: elas reconfiguram como nos aproximamos inteiramente do filme, abrindo espaço para novas e fascinantes ideias.
O que podemos contar é que Christopher Plummer interpreta Zev, sobrevivente de um campo de concentração durante o Holocausto que sofre de demência e, após ficar viúvo, decide embarcar em uma missão para encontrar e executar um antigo oficial nazista que está escondido nos Estados Unidos.
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Indicado ao Oscar por filmes como “O Doce Amanhã” (1997), o diretor Atom Egoyan tenta discutir sua obra mais recente sem entregá-la.
Apesar de afeito a um estilo de roteiro não linear, o cineasta apresenta em “Memórias Secretas” uma narrativa convencional. “A maioria das estruturas com as quais lido são cheias de camadas. O que me atraiu nessa história é o fato de ela ser bastante simples. Ela lida com muitas questões, como memória e trauma, mas de uma forma bastante clássica”, afirma ele.
O trauma, aliás – como o encarado por Zev –, é uma constante nos filmes do diretor, mas não é exatamente sobre o que ele quer falar para sempre. “Meus personagens tentam recalibrar e reestruturar seu senso de realidade. Sempre me perguntei se é possível encontrar uma história sobre um cataclisma alegre. Algo me diz que não (risos). Mas não seria interessante que algo pudesse deixar alguém tão contente a ponto de estilhaçar sua vida em vários pedaços como resultado da experiência?”, questiona.
Em uma cena, Zev visita o lar de um possível alvo seu. Ele descobre que o homem morreu, mas seu filho, interpretado por Dean Morris, o convida para entrar e revela ser um neonazista. É uma cena com bastante tensão, mas também humanidade, em torno de um personagem que não está certo. “Essa é minha responsabilidade: tornar esses personagens o mais humanos possível, especialmente devido aos extremos dessa história”, diz Egoyan.
Veja o trailer: