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Estrelado por Sonia Braga, filme ‘Aquarius’ disputará Palma de Ouro em Cannes

A atriz Sonia Braga esteve pela primeira vez na seleção oficial de Cannes quando o longa «Eu Te Amo» (1981), de Arnaldo Jabor, participou da mostra Un Certain Regard, em 1981. Agora, após 35 anos, a brasileira está de volta à competição estrelando o filme brasileiro de Kleber Mendonça Filho, «Aquarius».

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«Nossa! Estou super feliz de estar de volta à Croisette vivendo uma personagem que qualquer atriz se sentiria honrada em fazer. Uma pérola, um tesouro. Kleber me devolveu a alegria de pertencer à língua portuguesa», declarou a veterana.

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O diretor pernambucano também festejou o reconhecimento. «Rodamos ‘Aquarius’ em agosto e setembro do ano passado, e a montagem começou logo depois. Foram seis meses de excelente trabalho com o montador Eduardo Serrano e o filme está na fase final de pós-produção. Poder estreá-lo em Cannes é um momento muito feliz desse processo, que teve início há três anos, com a primeira versão do roteiro, escrito por mim», declarou.

O filme conta a história da jornalista aposentada e escritora Clara, que mora de frente para o mar no Aquarius, último prédio de estilo antigo da praia de Boa Viagem, no Recife. Viúva com três filhos adultos, ela precisa enfrentar as investidas de uma construtora que quer demolir o prédio para fazer um novo empreendimento.

«Fico ainda mais feliz por toda a nossa equipe formada por gente de todo o Brasil e especialmente por artistas e técnicos pernambucanos», diz Kleber. «Fico feliz também por Sonia Braga. Quero que esse filme seja muito bom para essa artista maravilhosa e para a pessoa incrível que ela é. Antes, eu era apenas um fã, agora ganhei uma amiga».

O diretor participa pela primeira vez da disputa, concorrendo com profissionais de longa data, após oito anos desde que um filme falado em português foi selecionado. Na ocasião, «Linha de Passe» (2008), de Walter Salles e Daniela Thomas, foi quem competiu.

A única vez que o Brasil levou o prêmio foi em 1962, com «O Pagador de Promessas».

‘Mais do mesmo’

Na coletiva de imprensa, o diretor geral do festival, Thierry Frémaux, desculpou-se pela seleção oferecer «mais do mesmo», mas esclareceu que não é culpa dele se os mesmos autores se renovam, se superam e apresentam os melhores filmes do ano.

«Aquariu é o único longa latino-americano da competição deste ano. Entre os curtas-metragens, «A moça que dançou com o diabo», dirigido por João Paulo Miranda, irá representar o Brasil.

O festival terá início em 11 de maio com «Café Society», de Woody Allen, e prossegue até 22, com o anúncio da Palma de Ouro.

 

Entre outros indicados estão os filmes:

Xavier Dolan – «Juste la Fin du Monde»

Pedro Almodóvar – «Julieta»

Os irmãos Dardenne – «La Fille Inconnue»

Ken Loach – «I, Danioel Blake»

Bruno Dumont – «Mas Loute»

Nicole Garcia – «Mal de Pierres»

Christian Mungiu – «Bacalauréat»

Jim Jarmusch – «Pasterson»

Olivier Assayas – «Personal Shopper»

Brillante Mendoza – «Ma’ Rosa»

Nicolas Winding Refn – «Neon Demon»

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