Peter Capaldi é um cara de muita sorte. Não só ele tem a oportunidade de ser o atual protagonista de “Doctor Who” como também conta com o respaldo e o carinho dos fãs da série e do personagem. O ator escocês, que pode ter sua performance à prova todas as sextas-feiras, às 21h, na nona temporada da série no canal pago Syfy, conversou com o Metro Jornal sobre o que o Senhor do Tempo agregou em sua vida e como os fãs de hoje poderão se converter nos responsáveis pela produção de ficção científica no futuro.
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O que você sentiu quando recebeu o telefonema com o convite para ser o novo Doctor Who?
Foi emocionante e divertido, porque pareceu uma ideia absurda e incrível. Quando meu agente me ligou e disse: “o que você acha de ser o novo Doctor Who?”, eu apenas ri, porque não pensava que podia ser real. Você fica tonto e feliz, mas sabe que sua vida vai mudar e que não pode controlar isso, o que dá um pouco de medo. Mas foi a melhor ligação que já recebi.
Como sua vida mudou desde que começou a interpretar o personagem?
Aonde quer que eu vá, no Reino Unido, as pessoas me reconhecem e me cercam, mas isso é lindo. No início é aterrorizante, porque você não pode fazer nada sem que as pessoas não estejam observando, mas me parece que Doctor Who é um personagem particularmente agradável e a as pessoas gostam de se encontrar com ele.
Porque a série continua a atrair novos fãs a cada dia?
Há muita gente que sabe que a série existe há anos, mas para quem ainda não sabe do que se trata não importa, porque você pode começar a acompanhar sem problemas, já que cada mistério é uma história em si mesma. O programa ativa a imaginação de quem o vê e motiva as pessoas a pensarem sobre o que é bom e mau.
Por trás de suas múltiplas aparências e encarnações, como você imagina que seja o Doctor Who fisicamente?
Minha teoria é de que a forma dele não é humana. Ele assume essa forma para interagir com a humanidade, mas essa não é sua face real.
Que legado você e os produtores deixam para quem assumir esse projeto?
Entre os novos fãs da série, seguramente haverá futuros escritores, desenhistas, fotógrafos e diretores, e creio que nós dizemos para eles, com nosso exemplo, que um dia nós fomos como eles e que, se você se esforça para desenvolver sua criatividade, pode acabar trabalhando em algo que ama. Mesmo que o programa morra, “Doctor Who” vive na imaginação e tem uma alma autêntica. Nós nunca conseguiríamos arruiná-la.