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Ator xinga Dilma e peça sobre Chico Buarque é cancelada em BH

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O musical «Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos», com canções do cantor e compositor carioca, foi cancelado na noite de sábado no teatro SESC Palladium, em Belo Horizonte, depois que o ator Claudio Botelho fez um improviso em cena para criticar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o espetáculo.

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Em sua fala, Botelho citou as suspeitas de corrupção que recaem sobre o governo e chamou a presidente Dilma de “ladra”. Após a fala do ator, parte do público que acompanhava a peça o vaiou e, na sequência, passou a gritar “não vai ter golpe”. (assista aos vídeos no fim do texto)

Incomodado com a reação da plateia, Botelho diz: “só um momento. Depois que eu falar, vocês continuam”. Após a insistência do público em protestar, a peça acabou interrompida.

Em nota, o Sesc confirmou o episódio e disse que a sessão da peça marcada para este domingo foi cancelada e que o público poderá reaver seu dinheiro. “O Sesc em Minas não corrobora com as manifestações políticas de cunho pessoal e respeita as diversas opiniões de seu público, sempre priorizando a segurança de todos. Lamentamos o ocorrido e os transtornos gerados”, disse a instituição em nota.

Além da manifestação no palco, outra fala de Botelho na ocasião também repercutiu e causou revolta nas redes sociais. Em um áudio divulgado pelo coletivo de comunicação Mídia Ninja, o ator é flagrado em uma conversa com a atriz da peça Soraya Ravenle onde supostamente usa termos racistas para criticar o público que o criticou.

«São escrotos, são petistas, é o que há de pior no Brasil. O artista no palco é um rei. Não pode ser peitado. Não pode ser interrompido por um negro, por um filho da puta», diz o ator, exasperado, nos bastidores.

Irritado, Botelho se diz censurado e compara a sua situação com a vivida pelos atores da peça Roda Viva, que foram agredidos por um grupo do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) que invadiu o Teatro Ruth Escobar, em São Paulo, em 1968.

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“Em 1967 os militares pararam Roda Viva, hoje os petistas pararam Roda Viva, você entende?», alega o ator para sua colega.

O musical foi idealizado para homenagear os 70 anos de vida de Chico Buarque, e estreou em janeiro de 2014. A peça reúne músicas do compositor como Roda Viva, Ópera do Malandro, Calabar, O Corsário do Rei e Gota d’Água, por exemplo.

O Portal da Band não conseguiu contato com o ator, que suspendeu sua conta no Facebook, para comentar o ocorrido.

Internautas publicaram o momento que a peça foi interrompida:

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