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Ser pobre não é um problema para a Disney, afirma estudo

Uma pesquisa realizada pela Universidade Duke, nos Estados Unidos, provou que os desenhos infantis reforçam para crianças o ideal do «sonho americano»: se você se esforçar e for gentil, será recompensado – o que, para a coordenadora do estudo, não corresponde à realidade.

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«Ser pobre não é um problema. Ser da classe trabalhadora o torna feliz. Qualquer um que deseja ir adiante, é ambicioso e uma pessoa boa, pode fazê-lo. E os ricos proveem para todo o resto do mundo. Obviamente não é exatamente assim que o mundo funciona», afirmou a socióloga Jessi Streib ao blog de pesquisas da universidade.

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Batizado de «Desigualdade Benigna: Cenas de Pobreza e Desigualdade Social em Filmes Infantis», o estudo analisou 36 filmes que obtiveram arrecadação maior que US$ 100 milhões até 1º de janeiro de 2014.

Dos 67 personagens principais dos desenhos pesquisados, 38 podem ser categorizados como classe média alta ou classe alta e apenas 11 podem ser considerados da classe trabalhadora. Apenas 3 deles são pobres segundo os critérios de medição atuais, como Aladdin.

No mundo real, 25% das crianças americanas vivem na pobreza. «Os pais não gostam de falar com seus filhos sobre classes, então achei que os filmes a que essas crianças assistem são a forma como elas aprendem sobre o tema», explica Streib.

Retratar a realidade como ela é, no entanto, pode não se enquadrar exatamente no que a Disney e a pixar consideram como matéria-prima para seus filmes. «Se você mostrasse essas personagens pobres tentando muito fortemente e ainda assim não conseguindo ir adiante, então os pais fariam uma leitura de que o trabalho duro não compensa, o que pode ser uma ideia perturbadora para crianças pequenas», disse Streib ao site Hollywood Reporter.

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