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Chris Rock terá desafio de equilibrar humor e polêmica no comando do Oscar

Apresentar o Oscar é considerada a maior honraria do mundo do entretenimento, mas o desafio nunca foi tão grande quanto neste domingo, 28, em que Chris Rock terá de equilibrar o humor, a polêmica sobre diversidade racial e a celebração do cinema.

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Comediante negro de stand-up e ex-membro do humorístico «Saturday Night Live», Rock foi escolhido como mestre de cerimônia do evento pela segunda vez em outubro, muito antes da discussão sobre a falta de artistas negros entre os indicados.

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Com o debate, ressurgiu uma campanha virtual com a hashtag #OscarsSoWhite (OscarTãoBranco) que ameaça ofuscar a maior celebração anual da indústria cinematográfica.

A maioria dos analistas de premiações concorda que o ator acabou sendo a escolha perfeita. «Ele é muito bom cutucando o show business e cutucando as relações raciais neste país», disse Tim Gray, da revista «Variety». «Acho que Chris Rock irá abordar a questão da diversidade de frente, que é exatamente o que o show e a academia precisam».

Oscar polêmico

Rock, de 51 anos, guardou silêncio em relação ao furor causado pela indicação de 20 atores exclusivamente brancos este ano. Ele não quis participar das discussões, nem depois que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, cujos 6.200 membros escolhem os premiados do Oscar, anunciou que irá dobrar o número de mulheres e integrantes de minorias em suas fileiras nos próximos quatro anos.

«É uma boa ideia ele ficar de boca fechada e dizer o que tiver que dizer quando tiver a grande vitrine do palco do Oscar», disse Daniel Montgomery, editor-sênior do site de premiações Goldderby.com.

A Academia convocou a apresentadora de talk show Ellen DeGeneres e o ator Neil Patrick Harris, ambos assumidamente gays, para comandar a atração nos dois últimos anos, mas ter Rock de volta ao posto em 2016 dá aos organizadores a chance de fazer boa figura diante de uma audiência televisiva de cerca de 40 milhões de pessoas nos Estados Unidos e milhões mais ao redor do mundo.

«Deixar que façam piadas às suas custas irá mostrar que eles estão cientes de que há um problema. Mas ele não pode ir direto na jugular», disse Montgomery.

 

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