Pouco antes de a internet mudar drasticamente o conceito de tempo real, houve um episódio que foi acompanhado apaixonadamente por milhões de americanos como uma final da Copa do Mundo.
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Em 1995, o ex-astro de futebol americano O.J. Simpson foi julgado pelo assassinato de sua mulher, Nicole Brown Simpson, e do suposto amante dela, o garçom Ronald Goldman. O episódio ganhou uma cobertura midiática sem precedentes, turbinada pela alta voltagem das questões que levantava, em especial em relação a raça e gênero. O.J. acabou absolvido.
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Tudo isso é retratado em “American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson”, minissérie em dez capítulos que estreia nesta quinta-feira (4), às 22h30, no canal pago FX, com Cuba Gooding Jr. no papel-título.
Idealizado por Ryan Murphy (“Glee”), o projeto se debruça sobre os times jurídicos de acusação e de defesa. O objetivo não é culpar ou defender O.J., mas reexaminar um episódio marcante da história americana para entender o que a fez ter o desfecho que acabou tendo.
O tema é controverso. O julgamento se passou pouco tempo após a absolvição de policiais brancos pelo espancamento do taxista negro (e inocente) Rodney King, fazendo a comunidade afrodescendente se posicionar em peso a favor do ex-atleta, enquanto a comunidade branca estava convencida da culpa dele.
Isso fez alguns atores relutarem em participar da série. John Travolta levou quatro meses até aceitar interpretar o advogado de defesa Robert Shapiro. Já David Schwimmer encarna Robert Kardashian, que era amigo e advogado de O.J. antes de sua filha Kim se tornar mais famosa que ele.
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Tal como acontece em “American Horror Story”, na qual cada temporada tem uma história diferente, o segundo ano de “American Crime Story” apresentará uma trama ambientada logo após a passagem do furacão Katrina.
Veja o trailer:
