Lançada originalmente em 2014, nos EUA, a série “Ms. Marvel” chega ao Brasil em capa dura revelando as origens da heroína que leva o nome da gigante dos quadrinhos. O bacana da novidade é que, dessa vez, a Marvel apostou em uma jovem muçulmana como protagonista e acertou ao colocá-la no papel de forma nada apelativa.
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Recém-lançada no país pela Panini, a publicação mostra os primeiros cinco volumes da saga e acompanha o desenvolvimento da tímida Kamala Khan, uma garota de Nova Jersey que, aos 16 anos, não tem muitos amigos, mas, como muitos adolescentes, é fanática por super-heróis.
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A descoberta de seus superpoderes acontece logo na primeira trama, mas o que se vê ao longo do livro é uma história comum – e esse é o grande atrativo para o público-alvo. Sem o tradicional ritmo alucinante de heróis, a vida de Kamala é contada a partir do relacionamento dela com os pais, o irmão e com sua melhor amiga, a também muçulmana Nakia. As dificuldades de se localizar no mundo, as adaptações a sua religião, as paixões não correspondidas… Tudo isso ganha espaço na narrativa.
Fã dos Vingadores, Kamala faz uma clara homenagem à Capitã Marvel ao escolher seu codinome de heroína. Assim como a loira, ela pode passar por mudanças estéticas e até sofrer mutações absurdas, como ficar gigante ou minúscula, e até mesmo voar.
Com roteiro de G. Willow Wilson e arte de Adrian Alphona, a HQ ganha muitos pontos por respeitar o leitor com uma história bem amarrada, com a protagonista vivendo crises reais, além de abrir margem para novidades e transformações intrigantes no futuro.
Para fechar a edição, a Marvel incluiu “Team-Up”, de Jacob Wyatt, com Ms. Marvel ao lado de Wolverine e companhia, mas que nada tem a ver com as cinco histórias anteriores.