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Carlos Gerbase prepara ‘Bio’, seu sétimo longa-metragem

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O cineasta Carlos Gerbase está às voltas com seu novo projeto cinematográfico, batizado de “Bio”. Apesar de ter um elenco de 39 atores, não é uma superprodução. Antes disso, é um longa de baixo orçamento – como são classificados os filmes realizados com cerca de R$ 1 milhão.

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E, além disso, é uma proposta um tanto quanto inusitada, já que nenhum destes quase 40 nomes é o protagonista. “Todos vão contar a história de um homem que conheceram em um determinado período da vida. São fragmentos, lembranças, algumas boas, outras nem tanto. Mas ele mesmo nunca aparece”, explica o diretor, durante um intervalo das filmagens que estão sendo realizadas desde dezembro num estúdio do bairro Azenha, em Porto Alegre.

Gerbase prefere falar o menos possível sobre a trama, construída com depoimentos como se fosse um documentário. Mas revela que o personagem em questão era um cientista famoso, que fez descobertas importantes sobre a linguagem dos primatas.

Do passado ao futuro
Outro detalhe importante: ele nasceu em 1959 e morreu em 2070. Isso, segundo o cineasta, possibilita ir de uma ambientação de época até um cenário futurista. “Adoro documentários, desde os tradicionais até os mais experimentais. Posso dizer que o meu filme é uma mistura de Eduardo Coutinho com David Lynch”, brinca o cineasta. Para Bernardo Zortea,  diretor de arte de “Bio”, o filme é um desafio interessante. “Os atores estão num ambiente quase virtual e precisamos dar uma identidade para eles. Além disso, temos a liberdade de sair dos cenários reais”, avalia.

Contar a história deste homem tão longevo é tarefa de seus pais, do médico que fez seu parto, das quatro mulheres, filhos, amigos de infância, colegas de trabalho e, claro, inimigos. O filme é construído em 13 episódios, cada um com três atores, que gravam seus “depoimentos” num único dia. “É uma produção rápida, de poucas diárias e sem externas. Ao mesmo tempo, o roteiro também oferece boas possibilidades de interpretação. Acho que nosso desafio maior é não deixar transparecer que seja um filme de baixo orçamento”, destaca o diretor.

Até o dia 18, data prevista para o encerramento das filmagens, terão passado pelo set de “Bio” nomes conhecidos como Maria Fernanda Cândidos e Maitê Proença, que estiveram no elenco de “Sal de Prata” e “Tolerância”, filmes anteriores de Gerbase.

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Outras atrizes que voltam a trabalhar com o diretor são Rosanne Mulholland e Branca Messina, que atuaram em “Menos que Nada”, assim como Felipe Kannenberg, protagonista do mesmo filme.

Também há atores que trabalham com o diretor gaúcho pela primeira vez, caso de Tainá Muller, Sheron Menezes, Bruno Torres e Marco Ricca. O elenco se completa com um time conhecido de atores locais, como  Werner Schünemann, Julio Conte, Leo Ferlauto e Mateus Almada (o Martin, de “Beira-Mar’).

“Bio” deve chegar ao cinemas no primeiro semestre de 2017.

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