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Fassbender faz Macbeth moderno em nova adaptação de tragédia de Shakespeare

Ser escalado como Macbeth é quase tão grandioso enquanto rito de passagem como ser escalado para viver o príncipe dinamarquês em «Hamlet», especialmente quando você leva em consideração que talentos como Ian McKellen, James McAvoy, Orson Welles e Ethan Hawke já sujaram suas mãos de sangue na pele do atormentado rei. Dessa vez, sob a direção de Justin Kurzel, a «peça escocesa» de William Shakespeare apresenta a visão de Michael Fassbender para o atormentado Macbeth, que tem Marion Cotillard como sua malévola Lady Macbeth. O ator irlandês nos conta sobre seu papel na nova adaptação cinematográfica «Macbeth: Ambição e Guerra», que estreia nesta quinta-feira (24), além da pressão de interpretar Shakespeare e das difíceis externas gravadas na Escócia.

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Macbeth é um personagem icônico que tem sido interpretado repetidamente. Como você o abordou?
Como um homem moderno. Ele não é mais que um soldado sofrendo de estresse pós-traumático após anos lutando e esmagando crânios com pedras e vendo sangue jorrar para todo lado. Quando volta para casa e para sua mulher, ele recebe um golpe: ele está confuso e pensa que a única maneira de sobreviver é continuar matando pessoas, o que o deixa louco.

Você sempre quis fazer um filme shakespeariano?
Não era uma obsessão minha. Quando era adolescente, na Irlanda, Shakespeare era um autor que precisávamos estudar na escola e nada mais. Mas, quando fiz 19 anos, fui para Londres estudar artes dramáticas e comecei a descobri-lo de um jeito diferente e a entender a figura genial que ele era. Foi uma honra fazer parte da companhia dele.

Interpretá-lo é estressante?
Claro, mas isso é parte da diversão. A parte mais difícil é a linguagem: encontrar o tom e o andamento certo requer muito trabalho. Queria que o público esquecesse que estava ouvindo Shakespeare, e  ouvisse modernidade nas palavras dele.

Vocês rodaram em locações na Escócia. Como foi?
Difícil. Na Irlanda estamos acostumados com chuva e vento, mas aquilo era extremo. Sempre estávamos molhados e congelando. Apesar disso, essa foi uma condição que nos deixou em um estado de inquietação e nervosismo que serviu bem ao nosso propósito e aos personagens.

Como foi trabalhar com Marion Cotillard?
Ela é a melhor. Raramente trabalho com atrizes tão comprometidas. Ela pode ser tudo ao mesmo tempo: frágil e resiliente. Ela também é capaz de trazer simplicidade às cenas mais complexas. E sabe escutar. É a parceira ideal.

E você trabalhou com ela de novo no filme do game «Assassin´s Creed», também dirigido por Justin Kurzel.
Sim, mas não posso falar nada para você. É segredo absoluto, mas você definitivamente precisa vê-lo. É um filme que vai mudar sua vida!

Sério?
Você não faz ideia.

Veja o trailer:

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